A indústria do petróleo e gás natural e inequivocamente o motor principal da economia global hodiernamente. Mesmo quando as economias dos países não dependam demasiada e exclusivamente do petróleo seu modus vivendo permanecem refém da hegemonia dos hidrocarbonatos. É com razão que se diz que “se o petróleo não existisse, precisaria ser inventado”. A variedade de aplicações dessa matéria-prima, que vai desde o combustível, lubrificantes e asfalto, para viaturas e aeronaves, se estende até brinquedos, cosméticos, remédios, produtos de limpeza e comida, perfazendo o dia-a-dia das pessoas, motorizando a economia global, independentemente de vontades pessoais como apela Durkheim (2012).O favorecimento da utilização e gás natural no futuro quando comparado à dos seus concorrentes vai acontecer em função de dois factores básicos: importância e preço. A importância do gás natural dentre a matriz energética mundiais é mais que substancial e deve continuar crescendo nas próximas décadas. Sua participação na oferta da energia primaria em 2007 foi de 20.9% e deve aumentar para 21.2%em 2030,conformedados da Agência Internacional de Energia(IEA,2009).Contudo, trazer o petróleo a superfície é uma actividade especializada que requer alto investimento e mão-de-obra especializada, e está sujeita às variações térmicas extremas, que exigem abordagens e procedimentos específicos para garantir o fluxo dos fluidos e a segurança das operações, bem como das instalações, pessoas e meio ambiente. Actualmente a indústria petrolífera vem sofrendo graves problemas na produção, dentre os quais destacam-se a formação de hidratos e deposição de parafinas, que podem originar bloqueamento das linhas de produção e muitas vezes a paragem do processo, gerando assim custos elevadíssimos. (Almires, 2016)A formação de hidratos tem sérias consequências económicas, fazendo o transporte de uma operação economicamente inviável devido a parada de produção, que pode durar meses quando o gasoduto alcança grandes extensões. Assim, a presente pesquisa subordinada ao tema: “O Impacto da Obstrução das Linhas de Injeção de Gás pela Formação de Hidratos, nas Unidades Flutuantes de Produção, Armazenamento e Transferência de Petróleo em Angola: O Caso Prático Do FPSO Saxi Batuque (2020-2022)”, procura compreender o impacto dessas obstruções na produção, identificar principais causas desse problema e propor medidas corretivas e de controlo de obstrução nas linhas de injeção de gás, para melhorar a produção de hidrocarbonatos. De acordo com Sloan (1998), “Hammerschimit foi o primeiro a determinar que os hidratos causavam bloqueio em tubulações de transmissão de gás natural durante o processo de extração”. Para Vaz (2008) “hidrato é uma solução sólida com características semelhantes ao gelo, não possui uma composição bem definida entre as moléculas de hidrocarbonetos de baixo peso molecular e água, trata-se de cristais formados pelos elementos do gás natural em presença de água”.
Autor: Caim Francisco, 2023
Editor: Cefal, 2023
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